"FAMILIA: CRIAÇÃO DE DEUS". (Parte 4) Gênesis 3.14-24
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· 125 viewsDeus quer salvar os membros da sua família. Essa salvação se chama Jesus.
Notes
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Grande ideia: Deus quer salvar os membros da sua família. Essa salvação se chama Jesus.
Estrutura: anúncios de maldições direcionadas para serpente, mulher e a terra (vv. 14-19), a roupa para Adão como princípio redentivo (vv. 20-21) e a punição estabelecida pelo pecado: restrição ao jardim do Éden (vv. 22-24).
Hernandes Dias Lopes:
O pecado entrou na história humana com a queda dos nossos primeiros pais. O pecado atingiu todo o nosso ser, corpo e alma; razão, emoção e vontade. O pecado não destruiu à imagem de Deus em nós, mas a deformou. Agora, não podemos ver, com diáfana clareza, a imagem de Deus no homem, pois o pecado a desfigurou. Somos como uma poça de água turva. A lua com toda a sua beleza ainda está refletindo, mas não conseguimos ver essa imagem refletida; não porque a lua não esteja brilhando, mas porque a água está suja. A corrupção do pecado atingiu todos os homens e o homem todo. Todos os homens pecaram e o homem é todo pecado. Não há parte sã em sua carne. Tudo foi contaminado pela mancha do pecado.
https://periodicos.fabapar.com.br/index.php/vt/article/view/100/165
Há muita especulação sobre o significado da “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Entre as várias propostas, a que mais convence é citada por Wenham, que sugere que essa árvore trazia sabedoria. A proibição é dada porque a sabedoria adquirida ao consumir o fruto da árvore leva à independência de Deus (imprópria para seres criados), o oposto da sabedoria verdadeira, que inicia com o temor do Senhor (Pv 1.7) (WENHAM, 1987, p. 63-64; EMMRICH, 2001, p. 8). Portanto, a verdadeira sabedoria consiste em rejeitar essa sabedoria (GOW, 2003, p. 287).
Palavras de Maldições. (vv. 14-19)
(a) A palavra “maldita” vai aparecer nesta porção duas vezes: em direção à serpente e a terra, não ao homem ou a mulher.
(b) A serpente vai rastejar sobre o ventre e comer do pó da terra.
Com a serpente não há diálogo, apenas punição. Observe o que Calvino afirma sobre isso:
“Ele não interroga a serpente, como tinha feito o homem e a mulher, porque, no próprio animal não havia nenhum sentido do pecado, e porque, ao diabo ele não iria conceder a esperança do perdão
A partir do NT é fácil fazer a conexão entre a serpente e Satanás (Rm 16.20; Ap 12.9). Esta conclusão teológica é construída com base na revelação progressiva. Eichrodt observa que o aparente acesso à informação sobrenatural de que a serpente dispõe sobre a árvore do conhecimento e a hostilidade demoníaca con-tra Deus, percebido nas palavras da serpente, sugere que há aqui um poder abertamente anti-Deus.
Romanos 16.20 (NAA)
20E o Deus da paz, em breve, esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês. A graça de nosso Senhor Jesus esteja com vocês.
Apocalipse 12.9 (NAA)
9E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo. Ele foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
O fato de rastejar e de mover a língua como se estivesse comendo, tem valor simbólico.Tendo se exaltado a ponto de julgar a Deus, a serpente é condenada a rastejar sobre seu ventre; tendo desviado aqueles que foram criados do pó da erra, ela agora é condenada a viver nesse pó.
(c) Como explicar essa “inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente”?
O fato de que o animal é amaldiçoado indica que há juízo moral no animal, ou seja, ele é responsabilizado por seus atos. Mesmo a comparação entre o descendente da mulher e o descendente da serpente aponta na mesma direção. Não se trata apenas de uma aversão humana a serpentes.
(d) O proto evangelho, Gn 3.15.
3: 15 Após amaldiçoar a serpente física, Deus se voltou para a serpente espiritual, o sedutor mentiroso, Satanás, e o amaldiçoou. ferirá a cabeça [...] lhe ferirá o calcanhar. Esse “primeiro evangelho” é uma profecia da luta e de seu resultado entre “sua semente” (Satanás e infiéis, que são chamados filhos do diabo em João 8: 44) e a semente de Eva (Cristo, um descendente de Eva, e aqueles que nele vivem), que começou no jardim. No meio da passagem dessa maldição, emerge uma mensagem de esperança — o descendente da mulher chamado “Este” é Cristo, que, algum dia, derrotará a serpente. Satanás conseguiria apenas “ferir” o calcanhar de Cristo (fazendo-o sofrer), enquanto Cristo feriria a cabeça de Satanás (destruindo-o com um golpe fatal). Paulo, numa passagem que lembra fortemente o capítulo 3, encorajou os cristãos em Roma: “Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês” (Romanos 16: 20). Os cristãos deveriam reconhecer que participam desse ato de esmagar Satanás, pois, juntamente com o Salvador e por causa de sua obra consumada na cruz, eles também são semente da mulher. Para mais informações sobre a destruição de Satanás, ver Hebreus 2: 14,15; Apocalipse 20: 10.
MacArthur, John. Comentário bíblico MacArthur (pp. 115-116). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
Hebreus 2.14–15 (NAA)
14Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, também Jesus, igualmente, participou dessas coisas, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo,
15e livrasse todos os que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.
Apocalipse 20.10 (NAA)
10O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.
Colossenses 2.15 (NAA)
15E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz.
(e) A mulher vai sofrer na gravidez e será dominada em seu desejo pelo marido.
Observe o que nos fala Krell:
“Deus fala a Eva sobre seu papel como mãe (3:16 a) e como mulher (3:16 b). Biblicamente falando, esses são os dois pontos em que uma mulher experimenta sua maior satisfação. E nestes dois pontos haverá dor e servidão. A “dor no parto” se refere a todo o processo desde a concepção até o nascimento. Isso inclui a ansiedade sobre se ela será capaz de conceber um filho, a ansiedade que vem com todo o desconforto físico da gravidez, a ansiedade sobre a saúde da criança no útero, e ansiedade sobre se ela e o bebê vai sobreviver ao processo de nascimento. Deus também fala do desejo da mulher ‘contra o marido’. O desejo é uma fonte de conflito entre marido e esposa, assim como o pecado deseja dominar e controlar (4:7). Esta é a primeira batalha entre os sexos. Cada um se esforça para controlar e não vive no melhor interesse dos outros (Fp 2:3-4). O papel da mulher e do papel do homem tornam-se deveras pervertido. A mulher tende a querer controlar o homem sutilmente. O homem tende a dominar e tiranizar. Parceiros tornam-se concorrentes. Tem sido assim desde a queda.
John Vernon:
A mulher foi condenada a ter sérios problemas no seu papel de esposa e mãe. Ela teria dificuldades na sua tarefa de ser auxiliadora idônea, porque a partir dali não haveria mais o governo compartilhado no jardim; o seu desejo estaria submisso ao desejo do marido, que a governaria. Em relação à maternidade, ela passaria por grande sofrimento, teria um sofrido trabalho para dar à luz filhos.
(f) A terra por sua vez, produzirá espinhos e ervas daninhas, e o trabalho passará ser fatigante.
http://monergismo.com/novo/vida-crista/trabalho-e-dominio/
Uma sociedade que busca, embora em vão, eliminar o trabalho criando um mundo livre de trabalho, nem escapa da maldição nem ganha qualquer domínio por seus esforços. Em vez disso, tal atitude intensificará a desintegração do homem, pois, embora o trabalho não seja a salvação do homem, o homem cessa de ser homem se separado do trabalho. Não é surpreendente que os homens geralmente morram uns poucos anos após a aposentadoria, não importa a idade com qual se aposentem. Mesmo homens caídos, não importa quanto se irritem com a maldição que molesta seus esforços e trabalho, ainda se preocupam em realizar sua masculinidade e domínio através do trabalho. Separar homens do trabalho é separá-los do significado e da vida. A vida do homem não é definida pela diversão, mas pelo trabalho e domínio. Quando o homem sente que o seu trabalho é fútil, aí a desintegração do homem se torna manifesta.
O homem, contudo, não pode ser definido por sua função; dessa forma, ele não pode ser definido como um animal trabalhador. O trabalho é a função do homem, mas o próprio homem é uma criatura criada à imagem de Deus e, portanto, bem mais que sua função. Um aspecto central dessa imagem é o domínio. O trabalho é o meio pelo qual o homem manifesta, estabelece e desenvolve seu domínio sob Deus. Uma sociedade livre do trabalho será finalmente uma sociedade livre do homem.
(g) A sentença macabra: “você é pó e ao pó voltará”.
John Stott:
Esse é o paradoxo da nossa humanidade. Somos ao mesmo tempo nobres e ignóbeis, racionais e irracionais, morais e imorais, criativos e destrutivos, amorosos e egoístas, parecidos com Deus e bestiais.
Hoje se entende a morte como algo natural como fazendo parte da existência. Mas as Escrituras nos mostram que a morte veio depois do pecado, não era para morrermos. O salário do pecado é a morte. Quanto sofrimento os homens e as mulheres teriam a partir de então. Reflitamos meus irmãos que Adão queria ser como Deus, mas o que ele terá é isso: “o pó da terra”. Veio do pó e voltará ao pó. É isso que o pecado traz a morte, a destruição.
(h) Em suma:
Dietrich Bonhoeffer:
Sobre o destino da mulher e do homem paira a sombra escura de uma palavra da ira de Deus, um fardo da parte de Deus que ambos têm de levar. A mulher terá filhos em meio a dores e, ao prover para sua família, o homem tem de ceifar muitos cardos e abrolhos e trabalhar no suor do seu rosto. Tal fardo deve fazer homem e mulher invocarem a Deus e deveria lembrar-lhes o seu destino eterno no reino divino.
2. Roupas redentivas. (vv. 20-21)
(a) O verso 20 parece fora do lugar aqui. Mas apenas parece.
Gênesis 3.20 (NAA)
20E o homem deu à sua mulher o nome de Eva, por ser a mãe de todos os seres humanos.
Há um contrapondo aqui entre: “mãe da vida” e o relato da morte. E mais do que isso, há um recomeço também. Adão não deu nome de “morte” à sua mulher, mas sim “vida”.
Bruce Waltke:
Ao dar-lhe Adão o nome de Eva, dá-se o início da esperança. Adão revela sua restauração em relação a Deus crendo na promessa de que a mulher fiel gerará o descendente que derrotará Satanás.
Mattew Henry:
Se o homem não tivesse pecado, teria sempre se assenhoreado com sabedoria, e amor; se a mulher não tivesse pecado, teria sempre obedecido com humildade e mansidão.
Deus deu nome ao homem e o chamou Adão, que significa terra vermelha; Adão deu nome à mulher e a chamou Eva, isto é, vida. Adão leva o nome do corpo mortal, Eva o da ama viva. Provavelmente Adão tenha levado em conta a bênção de um Redentor, a Semente prometida, ao chamar Eva ou vida a sua esposa; pois Ele seria a vida de todos os crentes, e nEle seriam abençoadas todas as famílias da terra.
(b) Agora, “roupas de pele” substituem roupas de “folhas de figueira”.
Mackintosh:
Além disso, a túnica de Deus era baseada no derramamento de sangue. O avental de Adão não o era. Assim também agora a justiça de Deus é revelada na cruz; a justiça do homem é mostrada nas obras, as obras manchadas de sangue, das suas próprias mãos.
Walter Russel Bowie:
Os toscos aventais que eles coseram para si mesmos não foram suficientes. O fato é que Deus precisou vesti-los, e isso ao preço de dor, sangue e sacrifício
Augustus Nicodemus:
A religião humana é a folha de figueira que o homem coloca para tentar esconder o seu pecado diante de Deus. Ela é o engano do coração do homem corrupto e perverso, e que só pode ser conhecido por Deus.
Ron Crisp:
Antes que o homem pudesse ser coberto na vista de Deus, um animal deveria sofrer e morrer. A necessidade de se cobrir veio em decorrência do pecado. A cobertura perfeita não poderia ser criada pela obra do homem (folhas de figueira), mas pela morte ou sacrifício de um inocente. Que graça de Deus que nos relembra que a primeira morte física ocorreu não somente como o resultado do pecado, mas também para relembrar que Ele é o Salvador dos pecadores.
(c) “Tudo começa pela graça, prossegue pela graça e terminará pela graça”.
Henry Law:
Quando o homem mostra-se inteiramente descuidado, Deus é todo cuidados; quando o homem nada pode fazer, Deus faz tudo; quando homem nada merece, Deus concede todas as coisas. Do princípio ao fim, a salvação é pela graça. O homem corre em direção ao inferno; a graça chama para o céu.
Aqui temos o valor de Cristo para a nossa falta de valor. A sua impecabilidade para a nossa pecaminosidade. A sua pureza para a nossa impureza. A sua beleza para a nossa deformidade. A sua sinceridade para a nossa mentira. A sua veracidade para as nossas falsidades. A sua humildade para o nosso orgulho. A sua constância para os nossos desvios. O seu amor para o nosso ódio. A sua glória para o nosso opróbrio. A sua justiça única para as nossas múltiplas injustiças.
3. Interrupção do acesso ao Paraíso. (vv. 22-24)
(a) Ser “como Deus” (Gn 3.5) e “se tornou como um de nós” (Gn 3.22) são duas realidades distintas, pelos contextos distintos.
A proposta de ser como Deus é uma negação direta do que significa ser criado à imagem de Deus. A criatura quer abandonar o seu estado de submissão para ser como o criador. Mas uma criatura continuará sempre criatura. O domínio que os humanos receberam sobre os animais agora é perdido — agora se trata de uma conquista, geralmente utilizando o poder e a força.
Note que a humanidade é referida como conhecedora do bem e do mal. É bem verdade que já falamos sobre isso, mas as considerações de Deffinbaug merecem ser ouvidas:
“De maneira estranha a promessa de Satanás tornou-se verdadeira. Em certo sentido, Adão e Eva tinham se tor-nado como Deus no conhecimento do bem e do mal (verso 22). Ambos, o homem e Deus, conheciam o bem e o mal, mas de formas completamente diferentes. Talvez a diferença possa ser melhor ilustrada desta maneira. Um médico pode conhecer o câncer em virtude de sua educação e experiência como médico. Isto é, ele tem lido e ouvido conferências a respeito de câncer, e o tem visto em seus pacientes. Um paciente, também, pode conhecer o câncer, mas como sua vítima. Enquanto ambos conhecem o que é o câncer, o paciente desejaria jamais ter ouvido falar sobre ele. Tal é o conhecimento que Adão e Eva vieram a possuir.
(b) O acesso à vida foi interrompido (por ora):
Gênesis 2.9 (NAA)
9Do solo o Senhor Deus fez brotar todo tipo de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Apocalipse 22.14 (NAA)
14Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e entrem na cidade pelos portões.
PAGE, 1995, p. 18. Na adoração israelita, a verdadeira vida era experimentada no santuário em que Deus estava presente. Ser removido do acampamento implicava em morte, como ocorria com os leprosos. Ser expulso do jardim do Éden era um tipo de morte ainda pior. A partir de agora não poderiam mais conversar diariamente com Deus, experimentar sua provisão abundante e comer da árvore da vida. Agora teriam de sofrer e lutar para sobreviver (WENHAM, 1987, p. 74). “Assim como o jardim do Éden, o tabernáculo era o local em que Deus andava com seu povo. Ser expulso do acampamento de Israel ou ser rejeita-do por Deus significava experimentar a morte estando com vida. [...] A expulsão do jardim dos prazeres em que o próprio Deus vivia, portanto, seria considerada pelos homens piedosos do Israel antigo como mais catastrófico do que a morte física” (WENHAM, 1987, p. 90). Isso fica mais claro no final do capítulo, quando Adão e Eva são expulsos do jardim (em que Deus interagia com eles) e impedidos do acesso à árvore da vida (Gn 3.23,24). Olhando desse prisma, a serpente foi de fato astuta, uma vez que não proferiu mentiras descaradas, mas meias-verdades muito sugestivas. Aparentemente essas afirmações contradiziam a ameaça divina da morte inevitável, mas num nível mais profundo se mostraram verdadeiras (WENHAM, 1987, p. 75), embora o resultado fosse bem diferente do esperado pelos humanos.
(c) Jardim guardado por querubins:
QUERUBINS Seres espirituais que guardavam a árvore da vida no Éden (Gn 3:24); representações douradas com asas estendidas que cobriam o propiciatório na arca da Aliança (Êx 25:18; Hb 9:5). Na visão de Ezequiel (Ez 10), os querubins levam o carro-trono de Deus. O templo de Salomão estava decorado com grandes figuras de querubins, lavradas em madeira de oliveira e recobertas de ouro (1 Rs 6:23–28).
Moody:
A palavra hebraica "kerubim" indica figuras divinamente formadas para servirem como mensageiros da divindade ou como guardiões especiais das coisas sagradas. Em um exemplo eles são mostrados sustentando o trono sobre o qual Deus está assentado. Em outro, foram usados para descrever a terrível inacessibilidade de Jeová. Em geral, sua função parece ser a de guardar a sagrada habitação de Deus contra a usurpação e a contaminação.
(d) Temos de ser eternamente gratos por Jesus, que nos estabeleceu acesso à uma nova aliança.
Um dia, Jesus Cristo reabriria o caminho para a "árvore da vida", mediante sua morte na cruz (João 14.6; Hb. 10.1-25; Ap. 2.7, 22.12,14,19).
João 14.6 (NAA)
6Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
Apocalipse 2.7 (NAA)
7Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: ‘Ao vencedor, darei o direito de se alimentar da árvore da vida, que se encontra no paraíso de Deus.’ ”
Apocalipse 22.12 (NAA)
12— Eis que venho sem demora, e comigo está a recompensa que tenho para dar a cada um segundo as suas obras.
Apocalipse 22.14 (NAA)
14Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e entrem na cidade pelos portões.
Apocalipse 22.19 (NAA)
19E, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que estão escritas neste livro.
O primeiro Adão era ladrão e foi expulso do paraíso. O último Adão quando estava pendurado na cruz, disse a um ladrão: "Hoje estarás comigo no paraíso". (Lucas 23.43)
Lucas 23.43 (NAA)
43Jesus lhe respondeu: — Em verdade lhe digo que hoje você estará comigo no paraíso.
(e) Em suma:
Elyse Fitzpatrick:
Para renascermos para essa nova imagem, precisamos entrar num outro jardim- onde havia uma espada flamejante que foi cravada ao lado do perfeito Deus-homem enquanto estava pendurado em outra árvore. Precisamos comer e beber dessa árvore para conhecer a verdade que pode refazer nossa mente, nossas afeições e nossa vontade. Precisamos ir a Cristo, confessando não apenas nossos pecados, mas nossos desejos pecaminosos, e arrependendo-nos deles (…). É somente pela fé em Cristo que nós (…) podemos recuperar o acesso ao paraíso”.
4. Outras aplicações:
(a) O pecado definitivamente não compensa. Um dia, mais cedo ou mais tarde, o boleto vem. Não há etiqueta sem preço.
Gênesis 2.16–17 (NAA)
16E o Senhor Deus ordenou ao homem: — De toda árvore do jardim você pode comer livremente,
17mas da árvore do conhecimento do bem e do mal você não deve comer; porque, no dia em que dela comer, você certamente morrerá.
Gênesis 4.8 (NAA)
8Caim disse a Abel, seu irmão: — Vamos ao campo. Estando eles no campo, Caim se levantou contra Abel, o seu irmão, e o matou.
Romanos 6.23 (NAA)
23Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
(b) Ninguém pode se apresentar diante de Deus com os aventais da autojustiça, que são feitos de “folhas de figueira”. Apenas com vestes de peles do Cordeiro.
Efésios 4.22–24 (NAA)
22Quanto à maneira antiga de viver, vocês foram instruídos a deixar de lado a velha natureza, que se corrompe segundo desejos enganosos,
23a se deixar renovar no espírito do entendimento de vocês,
24e a se revestir da nova natureza, criada segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Admiramos a veste de inocência que Adão possuiu. Era pura e bela, mas era humana. Não é assim essa outra vestimenta. Essa é divina. O Deus-Homem, Jesus, é o seu Autor. A veste de Adão logo se estragou e se perdeu. Satanás tocou-a e foi transformada em nada. Mas essa outra vestimenta é resguardada nas alturas celestes; o destruidor não pode tocá-la. As peles que foram trazidas para Adão em breve envelheceriam e pereceriam. Mas essa outra é a "justiça eterna", Dan. 9.24)
Watchaman Nee:
Todas as vezes que nos apresentamos diante de Deus, o Senhor Jesus é nossa vestimenta. Ele é a nossa justiça, e nós O vestimos quando nos aproximamos de Deus. Essa vestimenta é nossa roupa constante, para que cada santo esteja vestido diante de Deus e não seja achado nu.
Ilustr.:
C.S.Lewis – Crônicas de Nárnia – Vol. II
“Dizem que Aslam está a caminho; talvez até já tenha chegado.”
E aí aconteceu uma coisa muito engraçada. As crianças ainda não tinhamouvido falar de Aslam, mas no momento em que o castor pronunciou esse nome,todos se sentiram diferentes. Talvez isso já tenha acontecido a você em sonho,quando alguém lhe diz qualquer coisa que você não entende mas que, no sonho,parece ter um profundo significado – o qual pode transformar o sonho em pesadelo ou em algo maravilhoso, tão maravilhoso que você gostaria de sonhar sempre o mesmo sonho.
Foi o que aconteceu. Ao ouvirem o nome de Aslam, os meninos sentiram que dentro deles algo vibrava intensamente. Para Edmundo, foi uma sensação de horror e mistério. Pedro sentiu-se de repente cheio de coragem. Para Susana foi como se um aroma delicioso ou uma linda ária musical pairasse no ar. Lúcia sentiu-se como quem acorda na primeira manhã de férias ou no princípio da primavera.
“Aslam?!” – exclamou o Sr. Castor. “Então não sabem? Aslam é o rei. É o verdadeiro Senhor dos Bosques, embora já há muito esteja ausente. Desde o tempo do meu pai e do meu avô. Agora chegou a notícia de que vai voltar. Neste momento mesmo está em Nárnia. Ele dará um jeito na Feiticeira Branca, não se preocupem. Ele, e não vocês, meus filhos, há de salvar o Sr. Tumnus”.
“E se ela transformar também ele numa estátua de pedra? – perguntou Edmundo.
“Deixe com ele, Filho de Adão. Não é tão fácil assim!” – respondeu o Sr. Castor, caindo na gargalhada. “Transformar ASLAM em pedra? Se ela conseguir manter-se em pé diante dele, olhá-lo cara a cara, já é caso para dar-lhe os parabéns. Não, não. Ele vem botar tudo nos eixos. Assim diz um velho poema que costumamos cantar:
O mal será bem quando Aslam chegar,
Ao seu rugido, a dor fugirá,
Nos seus dentes, o inverno morrerá,
Na sua juba, a flor há de voltar.
“Quando vocês virem Aslam, hão de entender tudo.”
“E chegaremos a vê-lo, um dia?” – perguntou Susana.
“Mas é claro, Filha de Eva; foi para isso que eu os trouxe até aqui. Vou guiá-
los até ele”.
“E ele é um homem?” – perguntou Lúcia.
“Aslam, um homem!” – disse o Sr. Castor, muito sério. “Não, não. Não lhes disse eu que ele é o Rei dos Bosques, filho do grande Imperador de Além-Mar? Então não sabem quem é o rei dos animais? Aslam é um leão... o Leão, o grande Leão!”.
“Ah!” – exclamou Susana. “Estava achando que era um homem. E ele... é de
confiança? Vou morrer de medo de ser apresentada a um leão.”
“Ah, isso vai, meu anjo, sem dúvida” – disse a Sra. Castor. “Porque, se alguém chegar na frente de Aslam sem sentir medo, ou é o mais valente de todos ou então é um completo tolo.”
“Mas ele é tão perigoso assim?” – perguntou Lúcia.
“Perigoso?” – disse o Sr. Castor. “Então não ouviu o que Sra. Castor acabou de dizer? Quem foi que disse que ele não era perigoso? Claro que é, perigosíssimo. Mas acontece que é bom. Ele é REI, disse e repito.”
“Estou louco para ver o rei” – disse Pedro –, “mesmo que tenha muito medo”.
Mateus 25.31–33 (NAA)
31— Quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória.
32Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos:
33porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.